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Publicado em 28/11/2017

Mercado de fintechs dá primeiros sinais de amadurecimento no Brasil (Valor Econômico)

O movimento das startups de tecnologia financeira, as fintechs, continua em franca expansão no Brasil. O número de empresas atuando nesse segmento passou de 244 para 332, um crescimento de 36% nos últimos nove meses, segundo o FintechLab, iniciativa da agência de inovação Clay Innovation para acompanhar a questão.

Segundo especialistas, os primeiros sinais de amadurecimento do setor também começam a aparecer. 

Na comparação com o levantamento anterior, de fevereiro, foi registrado o encerramento de 18 empresas — principalmente nas áreas de pagamentos e empréstimos, duas das mais “populosas” do mercado. Foi a primeira vez desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2015, que o número de fechamentos foi tão alto. Nas outras edições, o que se via eram uma ou duas companhias deixando o mercado, segundo Fabio Gonsalez, sócio-fundador da Clay Innovation. 

De acordo com Marcelo Bradaschia, também sócio-fundador da Clay, não foram questões regulatórias nem a falta de recursos para investimento que levaram ao fechamento de algumas fintechs. Elas deixaram o mercado simplesmente porque seus modelos de negócio não se provaram. “O mercado está amadurecendo, as pessoas estão ficando mais acostumadas com as fintechs, as coisas mais simples já foram resolvidas e você precisa criar coisas novas”, disse Bradaschia.  

Na avaliação de Gonsalez, a tendência é que o número de companhias deixando o mercado aumente nos próximos meses — até por uma dinâmica própria do mundo das startups, que tem um índice de mortalidade muito alto. Mas o saldo entre companhias fechadas e iniciativas novas tende a ser positivo ainda por um bom tempo. “Tem uma aceleração interessante por vir com a descoberta de novas oportunidades”, disse.  

Muitas das iniciativas, aliás, tendem a ser capitaneadas por empreendedores que naufragaram anteriormente. “Esse histórico de falha não é necessariamente ruim porque trazem aprendizados. E isso é positivo. Essa é uma cultura do Vale do Silício que precisa ser aprendida no Brasil”, disse Gonsalez.

Das iniciativas mapeados pelo FintechLab, a maioria, 27% (ou 90 empresas) está no segmento de pagamentos. A gestão financeira ficou em segundo lugar, com 18% (59 iniciativas), quase empatado com empréstimos — 17% e 59 empresas. O ramo de financiamentos foi o que apresentou o maior crescimento nos últimos nove meses, com 25 novas iniciativas.

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