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Publicado em
28/06/2018
A competição entre factorings, securitizadoras e FIDCs tem alimentado consideravelmente, nos últimos anos, um cenário que obriga essas empresas a vender seu produto cada vez melhor em comparação à concorrência, a fim de sustentar a rentabilidade tão almejada.
Quem constata é o consultor Ernani Desbesel, que anteontem (26/06) ministrou, na sede do Sindicato, o curso “Organização de Processos e Pessoas”, durante o qual disse estar ocorrendo no mercado não só uma evolução, mas praticamente uma revolução, tal a velocidade das mudanças.
Mediante um quadro assim, ele aponta como fator de diferenciação entre os players a excelência mantida em todas as áreas do negócio, pois é a qualidade na soma dos diferentes processos a única forma de, ao mesmo tempo, garantir segurança na operação e satisfazer o cliente.
“É preciso tratar a empresa como se ela fosse um time de futebol, não se pode ter apenas uma força muito boa no ataque. Se a defesa for frágil, o resultado será inadequado”, comparou o professor, em alusão ao clima de Copa do Mundo reinante.
Segundo Desbesel, a empresa de fomento comercial deve ser tratada como um todo, desde a gestão até o departamento jurídico. “O mercado já não aceita simplesmente empresas boas, você precisa ser muito bom ou ótimo”, justificou.
Quem não se preparar para se destacar perante o cliente, ele afirma estar fadado à condição de espectador do sucesso alheio, “pois não basta ter dinheiro para que as coisas aconteçam, a empresa precisa ser bem gerida como qualquer outra”, ponderou o profissional.
Diante dessa necessidade, a primeira característica desejável para o empreendedor do fomento comercial é ser um bom gestor, pré-requisito para que todos os processos aconteçam da melhor forma possível nas áreas comercial, de crédito, cadastro e operação.
A grande armadilha para a virada de mesa em busca do status ideal, Ernani resumiu com as palavras letargia, passividade e lentidão nas ações.
“Hoje, nosso alvo muda de posição diariamente, o que torna ineficaz a maneira como se fazia negócio antigamente e, muito provavelmente, depois de amanhã a realidade já será bem outra também”.
O mundo, de acordo com o especialista, não permite mais a nenhum empreendimento parar no tempo, achando que está tudo bem. “Se pensar assim, o futuro certamente será pior ainda”, sentenciou.
Recado aceito
“Nós só estamos há um ano e meio no mercado e, sempre que possível, participamos desses cursos do SINFAC-SP, todos muito interessantes e oportunos”.
A frase do diretor operacional da Fattor, Danilo Cremasco, demonstra bem o estado de ânimo dessa empresa localizada em Pedreira, região de Campinas, a 135 quilômetros da Capital.
“Estamos aprendendo bastante com os mestres daqui. Hoje, por exemplo, o conteúdo inteiro foi válido, caso do enquadramento tributário das diferentes modalidades empresariais do fomento e a estruturação operacional dos setores”, acrescentou o administrador de empresas e economista.
Para Elias Navarro, sócio da paulistana Abapa Securitizadora de Crédito, a atividade como um todo é simples, porém se reveste de grande complexidade no dia a dia, realidade descrita com toda a clareza no curso.
“Exige da gente muita sensibilidade e envolvimento, pois tem relação com os acontecimentos político-econômicos do país e a própria conjuntura internacional”, avaliou.
Por estar sujeito a tantos riscos, o negócio remunera bem, “mas pode tirar todo esse rendimento do dia para a noite”. “Por isso, nesses mais de 20 anos de atuação, eu aprendo diariamente, inclusive em cursos como esse, nos quais a enorme sinceridade do professor traz a gente para a Terra de novo, evitando que façamos bobagens”, prosseguiu.
Um ponto que sempre chama a atenção do empresário é o que trata dos recursos humanos e a necessidade de se respeitar os colaboradores, “única forma de manter uma equipe coesa, comprometida e participativa, ou seja, pessoas felizes onde estão e com as quais você possa levar sua empresa adiante, porque sozinho não se chega a parte alguma”, concluiu.
Fonte: Reperkut