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Publicado em 29/10/2015

Número de acordos de redução de salário e jornada chega a 146 (O Globo)

O número de acordos coletivos fechados entre empresas e funcionários no país para reduzir salários chegou a 146 nos primeiros nove meses de 2015, com 25 novos acordos no mês de setembro e 20 em outubro, segundo a pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira. Com isso, se mantém a trajetória de crescimento do número de acordos nos últimos meses, em meio ao cenário de desaceleração da economia brasileira. Na tentativa de evitar demissões frente ao aumento dos custos e à queda da demanda, empregadores vêm adotando a redução dos salários e das jornadas de trabalho.

Do total de 20 de outubro, 14 entraram nas regras do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado em julho deste ano pela presidente Dilma Rousseff na tentativa de estancar o desemprego no país, sobretudo na indústria. É o maior número de acordos apoiados pelo programa desde então.

Do total de 146 acordos, 26 entraram nas regras do PPE. O governo federal disponibilizou recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para repor metade do percentual salarial cortado aos trabalhadores.

A indústria metalúrgica foi a categoria mais afetada pelas reduções salariais, com 98 acordos coletivos desde o início do ano, seguida pelos trabalhadores da construção civil, que já contabilizam 11 reajustes negativos no pagamento para o mesmo período. Já os empresários do comércio atacadista e varejista fizeram oito acordos de redução com funcionários nos primeiros nove meses do ano.

Já o piso salarial mediano negociado nos acordos ficou em R$ 932, frente ao piso mediano geral apenas R$ 3 mais alto (R$ 935). Os valores se mantêm acima do salário mínimo no país, fixado em R$ 788 desde o último mês de janeiro.

Enquanto isso, a média dos aumentos salariais de setembro no país ficou em 9,8%, logo abaixo da taxa de 9,9% de inflação acumulada em 12 messe. No entanto, a folha salarial mensal do país vem em trajetória descendente no último ano. Em agosto, chegou a R$ 94 bilhões, valor 4,6% menor do que os R$ 98,5 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior.

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