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Publicado em 15/03/2018

Pagamentos terão novidade neste ano (DCI)

O mercado de cartões vai trazer o piloto do pagamento entre usuários neste ano. Atendendo demanda do regulador e como parte da agenda positiva do setor, a ideia seria o alinhamento da indústria para dobrar a participação no mercado privado de consumo, de 32,2% para 65%.

A solução é uma das diversas propostas da agenda positiva acordada entre a Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) e o Banco Central (BC) e possibilitaria o pagamento entre pessoas independentemente de bandeiras, adquirentes, credenciadores ou emissores.

De acordo com o CEO da Mastercard, João Pedro Paro Neto, apesar de complexo, o sistema já é discutido por todos os players e agentes envolvidos para que seja disponibilizado ainda este ano.

“É complexo porque precisa da atuação de todos para funcionar e, além disso, estamos trabalhando com um competidor que nós ainda não conhecemos. Estudamos e trabalhamos nisso e deve sair já no final deste ano”, explica o executivo ao DCI, ao participar do 12º CMEP – Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento.

“É um trabalho enorme. Temos que olhar e entender o que nos falta para desenvolvermos o que for preciso para que o consumidor tenha todas as experiências possíveis usando os meios eletrônicos de pagamento”, completa.

Entre os principais desafios está o alinhamento e atuação de todos os agentes envolvidos e em criar um sistema que opere on-line e off-line e que funcione além das horas de trabalho do sistema bancário, passando de cinco para sete dias da semana e de dez para 24 horas de disponibilidade.

“Temos que ser assegurar que também seremos uma opção nesse mercado de meios eletrônicos de pagamento entre pessoas para qualquer um que venha competir conosco. Aos poucos vamos diminuir o uso do dinheiro”, afirma Paro Neto, reforçando que ao começar com os pilotos, os próximos lançamentos surgiriam conforme a evolução da própria demanda.

De acordo com presidente da Abecs, Fernando Chacon, a conversa com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) – entidade que representa o setor bancário – tem ganhado corpo e deve trazer resultados bastante positivos no quesito “interoperabilidade”.

“Entre ocupar o espaço do dinheiro e reduzir o custo do mercado, a meta é alcançar cerca de 60% de participação no consumo privado, para que todos tenham espaço em larga escala para ocupar. Há uma série de desafios, mas com certeza é possível”, diz Chacon.

Agenda positiva

Entre as demais propostas da associação de cartões para os reguladores do setor também estão a substituição do uso do papel moeda e do cheque pelo plástico, a proposta de formalização da economia com um sistema de inclusão do cartão de crédito, o aumento do débito, a inserção do “novo crediário” no segmento e regulação mais específica para subadquirentes e marketplaces.

“O equilíbrio vem com essa agenda positiva, já que construiremos produtos e alternativas que permitam a ampliação do uso do cartão de crédito e débito no Brasil, além de conceituar e classificar segmentos do setor e promover tecnologias que façam transações cada vez mais simplificadas”, avalia o presidente da Abecs.

“Falamos de coisas possíveis e de soluções que funciona. Temos que nos posicionar como indústria e fazer acontecer se quisermos crescer”, conclui Paro Neto, da Mastercard.

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