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Publicado em
05/07/2018
“A greve desarticulou o processo de produção em si, seja pelo abastecimento de matéria prima, seja pela questão da logística na distribuição”, declarou o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, André Macedo.
De acordo com o levantamento, houve resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas e em 24 dos 26 ramos pesquisados. Bens de consumo duráveis, ao recuar 27,4%, mostrou a queda mais acentuada, influenciada, em grande parte, pela menor produção de automóveis. Os setores produtores de bens de capital (-18,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-12,2%) também apontaram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional. O segmento de bens intermediários (-5,2%) também assinalou recuo na produção, com a perda mais acentuada desde dezembro de 2008. Entre as atividades, as influências negativas mais relevantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%) e produtos alimentícios (-17,1%). Apenas os ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%) e de indústrias extrativas (2,3%) assinalaram avanços na produção nesse mês.
Na série sem ajuste sazonal, em relação a maio de 2017, o recuou foi de 6,6%, o mais intenso desde outubro de 2016 (-7,3%), e interrompeu doze meses consecutivos de taxas positivas.
Em relatório, o Banco MUFG Brasil projeta que “considerando o fim da greve no final de maio e consequentemente a normalização gradual de fornecimento, a produção industrial tende a mostrar uma recuperação gradual à frente apoiada por um crescimento de demanda interna (beneficiada por inflação moderada, criação líquida de empregos e taxas de juros menores para empréstimos) e exportações maiores.” Para 2018, o banco projeta crescimento da produção industrial de 2,3%.