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Publicado em 11/01/2018

Queda em juros bancários depende de ‘melhores sinalizações’ (DCI)

Apesar da tendência de queda, o recuo nas taxas de juros das operações de crédito pode ser adiado ante à incerteza política no País. Mesmo na décima terceira redução consecutiva, expectativa é que os bancos esperem sinalizações maiores de retomada.

Os últimos dados da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) apontam que todas as linhas pesquisadas entre pessoas físicas e jurídicas mostraram reduções em dezembro.

A taxa de juros média geral para pessoas físicas atingiu a menor taxa desde outubro de 2015, ao passar de 7,40% ao mês (a.m.) em novembro de 2017 (135,53% ao ano), para cerca de 7,33% a.m. no mês passado (133,70% a.a.).

Do lado das pessoas jurídicas, a média das taxas de juros – que também é a menor registrada desde outubro de 2015 – caiu de 4,22% a.m. em novembro do ano passado (64,22% a. a.), para 4,17% a.m. em dezembro (63,27% a.a.).

De acordo com o diretor de economia da associação, Miguel Ribeiro de Oliveira, apesar de o movimento ser uma boa notícia para o mercado, as taxas continuam em um patamar muito elevado do ponto de vista do consumidor e a incerteza em relação a 2018 ainda pode adiar novas reduções.

“Temos riscos com o processo eleitoral e com a agenda de aprovação das reformas. Mesmo que a notícia seja positiva e a tendência seja de queda, esses fatores podem retardar quedas mais significativas nos juros de crédito”, avalia.
Ciclo virtuoso

Ao mesmo tempo, apesar das perspectivas de que a taxa básica de juros (Selic) permaneça estável entre 6,75% ou 7% ao longo do ano e de que ainda há um grande espaço para um recuo mais forte dos juros bancários, a recuperação do crédito se apoia majoritariamente na confiança do consumidor.

“Temos a Selic baixa, mas há muito espaço para redução. Apesar de a tendência de queda motivar o consumo, a intenção de empréstimos ainda demora. De nada adianta reduções mês a mês se os patamares ainda continuam elevados demais para a realidade do brasileiro”, pondera Oliveira.

Ele ressalta, porém, que caso a agenda macroeconômica do governo caminhe sem grandes obstáculos, as taxas devem cair mais significativamente até o final do ano. “Isso já será motivo o suficiente para que os bancos tirem essa gordura do spread e ofereçam taxas menores ao consumidor ante riscos menores de inadimplência e desemprego. Aí sim virá o ciclo virtuoso que esperamos”, conclui o diretor da Anefac.

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