Redução global de investimentos em Fintechs não atinge o Brasil, diz KPMG (DCI)

A pesquisa "The Pulse of Fintech", realizada pela KPMG, aponta que o investimento em empresas inovadoras de tecnologia, conhecidas como fintech, continua promissor no Brasil. Segundo o levantamento, um dos principais fatores para esse resultado é a queda na taxa de juros no País.

"Devido ao alto investimento na cadeia de valor dos serviços financeiros, o País destaca-se em relação aos outros das Américas", diz por meio de nota o sócio da KPMG no Brasil Oliver Cunningham.

De acordo com o estudo, o Brasil é um dos poucos países que resiste a redução global de investimentos nesse segmento. Em termos comparativos, o levantamento concluiu que os países do continente americano amargaram uma diminuição de aporte de 24%, entre janeiro e março, ante o último trimestre de 2016, passando de U$ 4,2 bilhões para U$ 3,2 bilhões.

Em todo território americano, cerca de US$ 1,8 bilhão foi investido em fintechs no primeiro trimestre de 2017. Desse montante, US$ 1,5 bilhão foi destinado aos Estados Unidos. A pesquisa não expõe valores referentes ao Brasil. Já no continente europeu, as empresas de tecnologia captaram recursos na ordem de US$ 880 milhões neste mesmo período. A Ásia vem em seguida, com aportes de US$ 492 milhões.

A pesquisa também indica que as empresas de tecnologia focadas nas exigências regulatórias, conhecidas como regtechs, estão em alta com U$ 219 milhões investidos em 26 negociações em todo o mundo.