FECHAR
FECHAR
Imprimir
Publicado em
18/04/2019
A Santander Securities Services, ou S3, que opera na Espanha e em vários países da América Latina (incluindo Brasil), será combinada com a Caceis. A unidade espanhola será integralmente envolvida na fusão, enquanto na unidade latino-americana uma fatia de 49,99% entrará para o novo Caceis, enquanto o restante continuará sob controle direto do Santander.
A entidade resultante do negócio terá € 3,34 trilhões de ativos sob custódia e € 1,83 trilhão de ativos sob administração. O negócio, que depende das habituais aprovações regulatórias, deve ser concluído até ao fim de 2019.
Os bancos de custódia cuidam dos ativos de clientes como grandes investidores institucionais e gestores de fundos. A nova entidade será a terceira maior da zona do euro, atrás do BNP Paribas e do Société Générale. Ainda assim, eles são bem menores do que os bancos de custódia nos EUA, onde o State Street, por exemplo, tem US$ 31,6 trilhões em ativos.
O S3, do Santander, é relativamente pequeno e gerou lucro de € 80 milhões no ano passado. Terminou dezembro com € 710 bilhões em ativos sob custódia e € 138 bilhões em ativos sob administração. Já o Caceis tinha € 2,6 trilhões em ativos sob custódia e € 1,7 trilhão em ativos sob administração. A unidade gerou lucro de € 174 milhões para o Crédit Agricole no ano passado.
Os bancos disseram que a nova entidade vai ajudar a conquistar clientes em mercados de rápido crescimento, como América Latina e Ásia. "O S3 e o Caceis são altamente complementares. Trabalhando juntos nós podemos criar uma plataforma de custódia e serviços de ativos que eleva nossa escala e presença global", disse a presidente do Grupo Santander, Ana Botín, em nota.
O atual presidente-executivo da Caceis, Jean-François Abadie, será o executivo-chefe da nova entidade. Já Carlos Rodriguez de Robles, gerente-geral do S3, vai liderar as operações na Espanha e América Latina.
Os bancos disseram que "o impacto do negócio no capital e nos lucros por ação não serão significativos para ambas as partes".