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Publicado em 26/07/2018

Santander prevê aumento no crédito para próximos meses (DCI)

Com alta em dez das 13 modalidades de crédito oferecidas, o Santander projeta crescimento contínuo na carteira do segundo semestre, impulsionada por financiamento ao consumo e pelos empréstimos às pessoas físicas e às pequenas e médias empresas.

A carteira total do Santander Brasil em junho atingiu R$ 290,5 bilhões, um aumento de 13,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado (R$ 256,8 bilhões).

A alta veio impulsionada, principalmente, pelos empréstimos para pessoas físicas, que subiram 23% na mesma comparação (de R$ 97,4 bilhões para R$ 119,8 bilhões), seguida por financiamento ao consumo, que avançou 22,7% (de R$ 37 bilhões para R$ 45,4 bilhões).

“O maior lucro do banco vem em cima de uma maior cota de crédito, alta nas captações e de um crescimento importante na base de clientes, resultado da maior digitalização do banco”, comenta o presidente do banco espanhol no País, Sérgio Rial.

A captação total do banco elevou 13,1%, de R$ 292,8 bilhões no segundo trimestre de 2017 para R$ 331,3 bilhões em igual período deste ano.

Para o segundo semestre, o presidente do Santander reforça que “tudo indica para a manutenção [da carteira de crédito] com um viés positivo”.

“Não vejo razão para que o ímpeto de crescimento desacelere, mesmo porque o segundo semestre para os bancos também tende a ser melhor”, completa Rial.

Nos empréstimos para pessoas jurídicas, porém, mesmo com a contínua da melhora entre pequenas e médias empresas – cuja carteira avançou 8,5% nos 12 meses até junho, de R$ 32,5 bilhões para R$ 35,3 bilhões – e com o primeiro aumento visto no crédito para companhias de grande porte (+0,2%, de R$ 89,8 bilhões para R$ 89,9 bilhões), as perspectivas ainda são comedidas.

“Vejo a melhora na demanda da pequena e média empresa desde que a volatilidade do câmbio seja dentro de patamares razoáveis. A saída de companhias para exportação no Brasil tem sido um bom caminho e isso permanece”, diz.

Para os grandes conglomerados, no entanto, Rial pondera que o cenário deve se manter “inalterado”. “Como essas empresas estão sujeitas a investimentos plurianuais, a tendência é de que esperem um quadro político mais concreto antes de vermos investimentos de longo prazo acontecerem.”

Também acompanhando o crescimento nas carteiras de crédito, o banco privado totalizou R$ 2,604 bilhões de abril a junho, um aumento de 10,3% em relação ao mesmo intervalo de 2017 (R$ 2,360 bilhões).

Impactos da greve

Em relação à greve dos caminhoneiros ocorrida em maio último, o presidente do Santander Brasil declarou que o impacto foi principalmente em relação ao faturamento do lado de adquirência e da emissão de cartões, mas ponderou ter sido “temporário”.

“Na medida em que os clientes não faturam e como o banco é muito ligado ao varejo, acabamos sendo o sistema nervoso disso tudo. Mas já foi tudo recuperado”, afirma Rial.

Sobre a inadimplência de curto prazo (de 15 a 90 dias), que demonstrou alta de 0,2 ponto percentual (p.p.) para pessoas jurídicas na variação trimestral (de 2,2% em março para 2,4% em junho), o executivo afirma “não ter nenhuma relação com a greve” e que as dificuldades de alguns clientes foi “muito mais de um ponto de vista momentâneo”.

Nos calotes totais acima de 90 dias, o banco privado apresentou queda de 0,1 p.p. na mesma relação – e também na comparação com junho de 2017 –, de 2,9% para 2,8%.

O nível de cobertura ficou em 219%, alta de 3 p.p. ante março (216%) e queda de 10 p.p. frente ao mesmo período do ano passado (229%).

O lucro líquido recorrente do Santander ficou em R$ 3,025 bilhões no segundo trimestre e somou R$ 5,884 bilhões no semestre, altas de 30% e 27%, nesta ordem, na comparação com iguais intervalos de 2017 (de R$ 2,335 bilhões e R$ 4,615 bilhões).

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