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Publicado em
16/10/2018
O volume do setor de serviços cresceu 1,2% em agosto em relação a julho, resultado mais forte para o mês na série histórica iniciada em 2011, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A leitura ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%, após queda de 2% em julho e avanço de 4,9% em junho
Na comparação com o mesmo mês de 2017, houve alta de 1,6%, contra expectativa de avanço de 0,1%, no maior ganho para agosto na comparação anual desde 2013 (2,2%).
“O resultado de agosto não pode ser considerado o início de uma arrancada, até por que o movimento parece pontual e os indicadores antecedentes já apontam para uma queda em setembro”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
“Essa instabilidade no mês a mês ainda faz parte do distúrbio causado pela greve dos caminhoneiros na pesquisa”, completou.
No mês de agosto, o destaque ficou para o crescimento de 3,2% da atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.
“O resultado positivo de agosto tem a ver prioritariamente com transportes graças às passagens aéreas, cuja inflação caiu e puxa para cima a receita do setor”, explicou Lobo.
Entre as cinco grupos de atividades acompanhadas, também apresentaram avanço serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%) e outros serviços (1,0%).
Apesar dos ganhos apresentados em agosto, o setor de serviços ainda enfrenta um quadro de desemprego elevado no Brasil que limita a atividade, aliado a uma conjuntura política e econômica que amplia as incertezas tanto entre consumidores quanto entre empresários.