TECNOLOGIA REVOLUCIONA MERCADO DE PAGAMENTOS

O mundo vem sofrendo uma transformação muito rápida e profunda. A indústria fonográfica, por exemplo, desapareceu ante a reprodução digital; os táxis tradicionais também entraram em decadência, mediante o uso de aplicativos como o Uber. Agora chegou a vez de o setor financeiro passar por uma revolução.

Essas constatações foram feitas pelo diretor da TecPay e 2º vice-presidente do SINFAC-SP, Marcos Libanore Caldeira (Aquitânia Fomento Mercantil), ao proferir no dia 15 de setembro, na Capital, a palestra “Arranjos de Pagamento, Antecipação de Recebíveis de Cartões no Fomento Comercial”.

Segundo ele, as empresas financeiras do setor de tecnologia, as chamadas fintechs, estão por trás de tais mudanças, ao permitir operações on-line em tempo real, por meio das leitoras de cartões. “Inovação, celeridade e grande universo atendido são as palavras-chave de toda essa transformação”, disse Libanore.

Números desse mercado também chamam a atenção, já que os cartões de débito e crédito movimentam atualmente R$ 269 bilhões, tendo registrado um crescimento de 8,7% no último ano.

O factoring, de acordo com Libanore, pode se beneficiar, sobretudo, no tocante aos recebíveis de cartão de crédito antecipados com a intermediação de uma fintech em toda a parte tecnológica da transação.

Carlos Cambraia (à esq.), sócio da paulistana APMA Fomento Mercantil, ficou bastante interessado no assunto, pois sua empresa operou com o varejo no passado por meio de cheques pré-datados, papéis que perderam muito espaço para os cartões de crédito. “O principal aqui hoje foi entender o papel da fintech atuando em parceira com as factorings, FDICs e securitizadoras”, afirmou.

Para Gilberto de Carli Vascouto (à dir.), sócio da campineira Cambuí Finanças, esses novos tempos abrem o leque de produtos trabalhados por uma factoring, em acréscimo às duplicatas e cheques.

“O interessante é o risco praticamente zero, porque você faz uma transação com recebimento garantido”, avaliou. No seu entender, isso torna-se especialmente atrativo num período de crise como o atual, pois as vendas despencaram, as empresas estão com poucos papéis e as margens caíram na mesma proporção.

Fonte: Reperkut