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Publicado em 11/05/2017

Transações bancárias por meio de aplicativos são maioria no Brasil (DCI)

Com 21,9 bilhões de transações bancárias em 2016, os aplicativos dos bancos para celulares e tablets (mobile banking) se consolidaram como a forma mais utilizada pelos clientes na hora de realizar serviços bancários, e somam 34% de todas as operações no País.

Esses dados foram divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em sua Pesquisa de Tecnologia Bancária 2017, realizada pela consultoria Deloitte. Em relação a 2015, o número de transações envolvendo a tecnologia portátil cresceu 96%, e chega a quase um terço de todas as operações realizadas no País. O crescimento acentuado fez com que as transações através do portal do banco na internet ou em programas de computador (internet banking) caíssem para segundo lugar, com 14,8 bilhões de transações no último ano – número que registra queda ante 2015, quando foram registradas 17,7 bilhões de operações.

No entanto, o internet banking ainda soma uma quantidade de clientes bem maior em relação aos que aderiram ao mobile banking: 239 milhões de usuários via PC ante 42 milhões que fazem uso do aplicativo, o que denota que os consumidores do mobile banking têm feito um número de transações consideravelmente maior que os outros. No total, o número de transações bancárias cresceram 17% em 2016, com 65 bilhões, em comparação com 2015, quando registrou 55,7 bilhões.

Transações com movimentação financeira, que antes integravam uma discussão por parte das instituições sobre sua viabilidade em meios digitais, tiveram um salto ainda maior: 140% em relação a 2015, saindo de 500 milhões para 1,2 bilhão. “Levar tecnologia para os clientes é o grande foco dos bancos no momento. Houve um ganho da confiança dos clientes para realizarem transações financeiras. Mais do que garantirmos isso, é importante a percepção da confiança por parte dos usuários”, ilustra o diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, Gustavo Fosse.

Dentre as principais utilidades do mobile banking, destacam-se as transferências bancárias, com Documentos de Ordem de Crédito (DOCs) e Transferências Eletrônicas Disponíveis (TEDs), com crescimento de 741% no último ano em comparação a 2015. Em relação a canais tradicionais, como agências bancárias e os terminais de autoatendimento, houve relativa estabilização proporcional nos últimos dois anos, com leve queda de 18% para 15% (mas que se manteve em 10 bilhões) das transações totais em autoatendimento de 2015 para 2016, enquanto as agências bancárias continuaram em 8%, com aumento de 4,4 milhões para 5,3 milhões. Puxado pela baixa no varejo, os Postos de Venda no Comércio (POS) tiveram queda acentuada de 14% para 10%, saindo de 7,8 bilhões de transações, em 2015, para 6,6 bilhões em 2016.

“A opção dos brasileiros pelo mobile banking reforça a necessidade de investimentos para ampliar e facilitar o uso desse canal e permitir a customização pelo próprio cliente. Os resultados da pesquisa da Deloitte evidenciam que os bancos brasileiros estão respondendo a esse movimento, mantendo-se na vanguarda tecnológica global”, avaliou o sócio da consultoria Deloitte e especialista na indústria de serviços financeiros, Paschoal Pipolo Baptista.

Investimento

Apesar do crescimento do setor digital, os investimentos por parte das instituições bancárias caíram. Em 2015, foram injetados R$ 19,2 bilhões em tecnologias do tipo, enquanto, em 2016, foi investido R$ 18,6 bilhões parte dos bancos – baixa de praticamente R$ 600 milhões. Entretanto, com as despesas puxando a queda nos valores e a distribuição de dinheiro ter se mantido proporcional, o patamar de um ano para o outro ficou próximo. A segurança cibernética se manteve com 10% dos investimentos por parte dos bancos.

“É uma queda normal, algo que acontece bastante no meio. Normalmente ocorre um barateamento na tecnologia de um ano para o outro, fora a diminuição no valor do dólar”, explica Gustavo Fosse. Em relação à prioridade dos investimentos, os softwares, com 55%, se sobressaem em relação aos hardwares, com parcela de 39%. “A velocidade com que cada uma das inovações ao longo do mundo se desenvolve é muito rápida. Ao longo do tempo, o software está se sobressaindo em relação ao hardware e isso vai crescer ainda mais”, analisa Pachoal Pipolo Baptista.

Agências físicas e acessibilidade

O número de agências bancárias subiu para 23,4 mil em 2016, ante 22,9 mil em 2015. O sudeste continua com o maior número dessas agências, com atuais 12,3 mil. Perguntado se o número de postos de trabalho e até o número dessas dependências bancárias poderiam diminuir em longo prazo com o contínuo crescimento dos serviços digitais, Gustavo Fosse não estabeleceu uma expectativa concreta. “Acredito que o aconteça de verdade é uma mudança no perfil das agências, até dos próprios funcionários, sobre os serviços diferentes que elas começarão a atender. Mas vai da estratégia de cada banco, tem uns que estão contratando, outros que estão cortando pessoas, não há como saber exatamente”, ponderou.

Em relação à acessibilidade às tecnologias e à internet que permitem a interação com os serviços de internet banking e mobile banking, Paschoal Pipolo Baptista afirmou ver os bancos como ‘vanguarda tecnológica’ também nessa inclusão. “Os bancos têm investido muito na qualificação dos processos, da possibilidade das pessoas entenderem a internet. Eles investem na educação financeira e nos processos de utilização de Tecnologia da Informação (TI), é algo que sempre existiu e os bancos vão continuar promovendo. Existem tecnologias diferentes e eles estão vendo os caminhos que querem atingir, cada um indo para seu respectivo lado, dependendo de sua base de clientes. A tendência é clara para onde estamos indo”, afirmou.

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