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Publicado em 21/03/2023

Veja como foi o 1º Ciclo de Encontros ABRAFESC 2023. Palestras já estão no YouTube.

O 1º Ciclo de Encontros ABRAFESC 2023 foi um sucesso. O novo projeto, que fez a sua estreia em Porto Alegre, lotou o auditório com cerca de 100 profissionais do setor do fomento comercial. A plateia conferiu com satisfação grandes nomes do segmento debatendo temas importantes, tais como crédito inteligente, o Novo Marco Regulatório dos Fundos de Investimento, operações com notas comerciais, banco do futuro e fraudes e inadimplências. As palestras já estão disponíveis no canal do YouTube da ABRAFESC para quem quiser revê-las ou assisti-las pela primeira vez.

Na abertura do evento, Hamilton de Brito Jr., presidente da ABRAFESC e do SINFAC-SP, destacou que nos oito painéis o público seria brindado com assuntos novos, essenciais para a atualização de quem já está atuando no setor, e também com novidades tecnológicas, que visam otimizar a gestão dos negócios. Para dar o tom do debate, Hamilton logo avisou: “Quero declarar uma guerra contra a duplicata comissária, ela não tem nenhuma segurança jurídica. Qualquer discussão judicial, a gente nunca ganha”, alertou o presidente, que também é sócio-diretor da Credere. A preocupação com as comissárias também foi demonstrada pelo presidente do SINFAC-RS, Márcio Aguilar. 

Outro ponto trazido na abertura do evento foi o aumento das recuperações judiciais e da inadimplência. “Hoje as ‘RJs` fazem parte do nosso negócio, são duas ou três por semana. Isso nos obriga a nos fortalecer para buscar soluções, saídas e oportunidades. Existem mercados bons, mas precisamos a aprender a nos defender”, avalia Northon Jardim, diretor da ABRAFESC e do Kreditare FIDC.

Na entrevista de Daniel Doll, diretor de administração fiduciária na Singulare, com o presidente Hamilton, o empresário falou sobre sua trajetória no setor, contando que começou como estagiário na empresa. Atualmente, a Singulare tem cerca de 900 fundos e, dentre eles, 350 são do fomento comercial. “O volume operado cresceu bastante. O mercado de investidores vem aportando muito no FIDC. Só no ano passado crescemos 10 bilhões em FIDCs”, conta.

Com a experiência de quem analisa o mercado há 30 anos, Carlos Benitez, CEO da BMP, apresentou o Banco do Futuro e alertou. “Se você não tiver gordura o suficiente para aguentar os momentos adversos, você não vai sobreviver, porque na hora que o mercado voltar, todo mundo vai voltar forte e você não terá força para isso. Vocês têm que se comportar como banco grande, manter reserva. É hora de ter mais paciência nas tomadas de decisão para manter a sua perenidade e perpetuidade”. O Banco do Futuro oferece soluções tecnológicas para levar recursos ao mercado por meio de produtos bancários que podem ser ofertados por estruturas que não possuem o ambiente regulatório adequado, como as factorings, ESCs, securitizadoras ou FIDCs. 

Na palestra sobre crédito inteligente, Alexandre Malheiros, executivo comercial da Dimensa, contextualizou o cenário de mercado e os desafios do mercado de crédito para falar como a tecnologia pode impulsionar a gestão de recebíveis, otimizar o fluxo de ativos e mitigar os riscos. “Com a tecnologia aplicada, através dos dados é possível ter conhecimento das possibilidades de fraudes e de inadimplência, das regras de compliance e, usando a tecnologia adequada, eu consigo identificar as oportunidades de negócios, melhorar a experiência do cliente e atender as regulações sócio-ambientais”, explica.

O otimismo com o futuro também esteve presente no debate sobre o Marco Regulatório dos FIDCs. Os especialistas Clélio Gomes, consultor jurídico da ABRAFESC, do SINDISFAC-MG e do SINFAC-SC;- Luis Fernando Vasconcellos, CEO  da Tercon Consultoria; e Ivan Lopes, CEO da Central de Registro em Direitos Creditórios (CRDC) acreditam que a nova regulação vai favorecer ainda mais a expansão do mercado.

“O recado que a CVM está passando é que esse mercado vai se transformar. Quem começar a aprender antes, testar formatos, e executar de forma diferente vai levar vantagem lá na frente”, acredita Ivan Lopes. Já Luis Fernando vê com bons olhos as barreiras de fresgate. “Essa medida dará mais segurança de liquidez para os fundos abertos”, pontua. E Clélio lembrou que a nova regulamentação dispensa a figura do custodiante, que costuma ser um dos maiores custos da operação.

Para apresentar um novo produto do mercado financeiro, a nota comercial, Alexandre Fuchs das Neves, consultor jurídico da ABRAFESC, do SINFAC-SP, SINFAC-SC, SINFAC-RS, sócio e diretor da Neves Advogados dividiu o painel com Luis Felipe Salles Cunha, head de vendas da Laqus. Eles falaram sobre as características e benefícios da nota comercial. “Não se trata de uma nota promissória, como muita gente confunde”, alerta Fuchs. “É uma CCB sem IOF. Isso é um benefício que traz uma competitividade enorme a esse instrumento”, complementa Luis Felipe.

O tema “Como evitar fraudes e inadimplências” teve uma mesa de peso. Além de Alexandre Fuchs das Neves, participaram Bruno Almeida, diretor da ABRAFESC, Felipe Zago e Ricardo Ferraz, ambos sócios da FZ Advogados, e Eduardo Rotunno, diretor da RDF FIDC. Os painelistas provocaram no público uma autorreflexão. “A gente mesmo que causa as maiores dores do mercado, porque muitas vezes queremos ganhar dinheiro a qualquer custo. Os clientes dão sinais, sabemos que é a hora de parar e continuamos”, alertou Bruno. “A ganância é metade do caminho para a fraude, porque é ali que o fraudador vai enxergar o desespero que eu tenho em ganhar dinheiro”, completou Fuchs. “A gente se coloca em situações vulneráveis que poderiam ser evitadas. A fraude é injustificável, mas precisamos criar mecanismos de defesa para diminuir esses eventos”, acrescenta Eduardo.

Felipe Zago e Ricardo Ferraz falaram sobre as recuperações judiciais fraudulentas, que classifica como um recurso do mau empresário para usurpar recursos do setor. “É um ataque ao nosso setor. São praticamente duas ou três por semana e eles têm a expectativa de sair impunes”, comenta. Os advogados também apontaram alguns caminhos para combater a RJ fraudulenta. Ferraz alertou: “a cultura jurídica é ruim para o setor, os precedentes não são favoráveis e normalmente a dinâmica da operação não é compreendida. É preciso haver uma mudança nesta cultura”.

A jornalista Giane Guerra, colunista de economia no Grupo RBS, fechou o evento falando sobre indicadores econômicos, fez projeções para a política e para a economia e trouxe curiosidades sobre o mundo dos negócios. “A inflação é um desafio bastante forte para este ano. Temos a redução dos impostos para resolver este ano. Além disso, o risco de crise de crédito pode antecipar a queda da taxa de juros. Quando o crédito é travado, trava a economia”, comenta.

O evento foi uma realização da ABRAFESC, contou com o patrocínio de empresas parceiras do setor: Banco Arbi, BMP, Dimensa, Laqus, Neves Advogados Associados, Singulare, Fz Advogados, iDtrust, Order-By e Tercon. Além do apoio de seus sindicatos associados (SINDISFAC-MG, SINFAC-AM, SINFAC-ES, SINFAC-SC e SINFAC-SP), do SINFAC-RS e do Portal do Fomento.

 

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