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a gente dá R$ 50 milhões. Estamos
vendo um monte de RJs acontecendo e
nós também somos responsáveis por
gerar isso. É trazer para nós mesmos
a responsabilidade e olhar para dentro
das nossas estruturas e verificar o
que está nos levando a fazer algumas
operações”, alertou o CEO da One7.

Ao determinar preços, existem fatores
que não podem deixar de fazer parte do
cálculo. “Eu realmente não acredito que a
disputa pelo cliente deva se dar somente
em cima de taxa. Cada empresa tem sua
própria realidade e seus custos”, frisou
Hamilton de Brito Jr. para quem, além do
lucro, o preço deve considerar o custo
de capital (que é o custo do CDI), custo do
investidor, despesas e a Provisão para
Devedores Duvidosos (PDD). Segundo
o presidente do SINFAC-SP, o fator
médio deveria ser de 2,87% nos fundos
grandes e nos médios e menores de 3%.

“No nosso negócio, é muito importante
o custo de capital, que é a CDI mais a
taxa que você paga para o investidor.
Fora o custo de capital, você tem outros
normais, como qualquer negócio. Um
dos fatores mais importantes é o PDD,
que reflete a perda com o cliente.
Sempre vamos ter uma parcela de
perda que deve virar preço. É aquela
história que o mau pagador influencia
no preço do bom pagador. São itens que
devem ser levados em consideração”,
afirmou o presidente do SINFAC-SP.
No mesmo sentido, Fiúza chama a
atenção para o PDD, um dos três pontos
fundamentais para a precificação, na sua
opinião. “Primeiro, é o custo financeiro,
segundo, o custo do PDD de cada
operação, e o terceiro está relacionado
aos custos fixos de cada negócio. A
margem de lucro que cada empresa
espera ter vai de acordo com a margem
de rentabilidade de cada negócio. A partir
daí, a gente consegue sair com uma
base mais sólida para buscar o perfil do
cliente correto”, acredita o CEO da One7.

Por último, Hamilton de Brito Jr. citou um
fator que, embora não entre no preço,
faz toda a diferença para obter novos
clientes e mantê-los fiéis. “O importante
do nosso negócio é virar parceiro. O cliente
confia em você, você confia no cliente
e presta serviço de verdade”, disse.

REVISTA DO SINFAC / SÃO PAULO